Como já dissemos em outro artigo, o açúcar é um dos maiores vilões de qualquer dieta. Além de fazer com que ganhemos alguns quilinhos, ele também pode aumentar o risco de doenças graves e por isso deve ser evitado. Pensando em emagrecer e ter um estilo de vida mais saudável, algumas pessoas trocam o açúcar pelo adoçante, mas será que essa é realmente a melhor alternativa?
De fato, os adoçantes são substâncias artificiais que não possuem nenhuma caloria, então, como podem apresentar riscos à nossa saúde? De forma simples, vamos te explicar o porquê as chances de você engordar são muito maiores do que a de emagrecer ingerindo adoçantes.
O adoçante engorda?
Vamos por partes. A primeira coisa que temos que considerar, é que os adoçantes não engordam, porém, ativam um sistema fisiológico que nos induz a comer mais.
Quando o sabor ultra doce (bem mais doce que o açúcar) do adoçante passa pelas nossas papilas gustativas, ele estimula o nosso sistema digestivo a se preparar para a ingestão de uma grande quantidade de calorias, e também, avisa o nosso cérebro que ele receberá energia para continuar trabalhando. Porém, essas calorias não aparecem e o nosso organismo fica desregulado.
Isto é, o cérebro espera a energia, mas ela não vem, então ele envia impulsos nervosos ao nosso corpo informando que não recebeu calorias para estocar e que ela deve ser recebida de alguma forma. Como o açúcar é a principal fonte de energia para o cérebro, ele entende que a nossa sobrevivência pode estar sendo ameaçada. Por isso, se o “doce” que estamos comendo não está trazendo energia suficiente, ele nos estimula a comer mais doce até que essa falta seja reparada.
Adoçantes enganam o metabolismo
Outro fator importante é que, para que tenhamos a sensação de saciedade, existem duas formas do nosso corpo nos avisar que já consumimos energia suficiente. Uma delas é quando a nossa papila gustativa avisa que está passando uma grande quantidade de calorias sobre elas e que aquilo irá virar energia, a outra, é quando o próprio estômago diz ao cérebro que ele está cheio, e isso garantirá energia suficiente.
Se a informação das papilas estiver “enganando” o cérebro por que a energia não está chegando ao organismo, o cérebro passa a rejeitar essas informações e recorre às mensagens do nosso sistema digestivo. Com o passar do tempo, só sentiremos saciedade quando estivermos com um grande volume de alimento no estômago, e por isso, a tendência sempre será mantê-lo cheio.
Por isso que dificilmente uma pessoa consegue seguir uma dieta com adoçantes sem cair na tentação de uma sobremesa extremamente doce. Então não se esqueça, quanto mais adoçantes você consumir, mais o seu corpo te mandará consumir calorias, você pode resistir, mas esse processo depende de muita força e resistência.
Adoçantes causam doenças? Como escolher o melhor?
Geralmente, as pessoas escolhem o seu adoçante pelo sabor, pois algumas opções podem deixar um gostinho amargo na boca e esses são os menos escolhidos. Porém, esses mais docinhos (aspartame, ciclamato sódico e sacarina sódica) costumam ter outros compostos químicos usados para melhorar o sabor. Os mesmos não são tão indicados por especialistas, pois há estudos que os associam com o agravamento de outras doenças.
O adoçante mais recomendado, até pela OMS, é a stévia. Ele é totalmente seguro, não prejudicial para a saúde e não existem contraindicações. Além da afirmação da Organização Mundial de Saúde, a stévia é apontada pelo Conselho Europeu de Informação Alimentar como um alimento que contém excelentes benefícios para a saúde por conta de suas propriedades.
Descoberto por indígenas e usado como medicamento há séculos, hoje na América Latina, os medicamentos à base de stevia são indicados para asma, diabetes e gripe. E também, temos o chá de stevia com ervas naturais que servem contra alergias e obesidade, e que pode ser encontrado em lojas de alimentos naturais ou mercados tradicionais do nosso continente.
Se o açúcar e o adoçante podem engordar, preciso parar de consumir para emagrecer?
Você não precisa e nem deve parar de consumir açúcar, afinal, ele é a fonte de energia principal do nosso cérebro, ou seja, os nossos neurônios dependem, quase que exclusivamente, da glicose para funcionar. Mas é muito importante que você consuma somente o necessário para essa reposição de energia.
Porém, naturalmente não precisamos consumir açúcar para que o organismo conte com a quantidade necessária. Todos os alimentos que comemos, acabam se transformando em glicose quando metabolizados, especialmente os carboidratos: cereais, frutas, tubérculos, leguminosas, hortaliças e laticínios.
Mas para que você não pare de forma brusca e sofra as consequências da abstinência, você pode optar pela opção de reduzir aos poucos o seu consumo, ou ir trocando por alternativas mais saudáveis, como o mel, açúcar mascavo, açúcar de coco ou a própria stévia.
Eduque o seu paladar!
A melhor forma de você ir se livrando aos poucos do excesso de açúcar, é ir mudando progressivamente o seu paladar. Comece diminuindo aos poucos os níveis de açúcar. Procure deixar os pratos saudáveis mais atrativos, experimente vários tipos de alimentos saudáveis e inclua os que mais gostar em sua rotina de alimentação.